quarta-feira, 23 de abril de 2008

As Ciências Humanas e o Grande Professor

Recomendo o artigo da Adelice, copiado abaixo e publicado em VIDE - Vigilância Democrática.No próximo post eu coloco um comentário sobre o artigo.

Depois de ver o Grande Professor Carlão, do Anglo de Tatuí (leiam meu artigo anterior - Grande Professor) e depois de ver alguns dos comentários dos seus especiais alunos, indignados, no blog do Reinaldo Azevedo, ficamos desanimados, principalmente por constatarmos que a garotada já demonstra em seus comentários que o estrago está feito.

O que este pessoal faz com a História, a Geografia, a Sociologia, etc, é bem mais difícil de ser feito com outras disciplinas das áreas de exatas ou biológicas. A grande vantagem quando estudamos química, física, biologia é que somos obrigados, de alguma forma, a ceder para a realidade, para os fatos.

Quando misturamos ácido clorídrico e hidróxido de sódio em solução aquosa, teremos, água e cloreto de sódio. Não adianta querer que o resultado seja cloreto de magnésio. Claro que a reação que aqui coloco é bem simples, mas da mesma forma, quando falamos em processamento de polímeros, em equipamentos eletrônicos, etc, podemos testar novidades o quanto quisermos: se a realidade não permitir, a fórmula ou o equipamento não funcionará, obrigando o experimentador a tentar outra teoria, outro experimento, outra coisa.

No entanto, se estivermos no domínio das Ciências Humanas, a coisa fica um pouco diferente. E isso as aulas do Professor Carlão demonstram muito bem.

Algumas pessoas poderão, com razão, argumentar que eu exagero. Que tais Ciências são sérias e que casos como o deste professor não servem como parâmetro para julgar uma Ciência toda, principalmente diante de tantos pensadores ilustres que já tivemos atuando nelas. E estão certos. E porque então temos nossas escolas e faculdades cheias de Carlões?

Porque a moralidade de nossa sociedade chegou a um nível baixíssimo, tão baixo, que um professor acha legítimo ensinar os seus alunos, movido por sua ideologia. E, sempre utilizando o velho lema, “os fins, justificam os meios”, mentem, sabotam e inventam uma história, recriam o passado à luz da sua ideologia, mudando os fatos para que atendam à sua necessidade.

Casos similares podem acontecer também nas ciências exatas. O cara inventa um projeto, inventa resultados e diz que funciona. Mas, um dia, alguém resolve implementar a tal teoria e então a casa cai. Mas, quando uma sociedade toda já recriou o passado à luz de uma ideologia, tentar mostrar que a realidade não condiz com as teorias apresentadas é um esforço quase inútil. Depois de muito tempo, a mente já absorveu de tal forma essa realidade inventada que é incapaz de admitir a possibilidade de que seja diferente.

A Ciência fez muito e ainda faz pela humanidade. Infelizmente, quando solta, sem estar devidamente ancorada em padrões morais, acaba por produzir lixo para servir aos interesses momentâneos. É isso que estamos assistindo, nas aulas do Carlão. O resultado de todo o lixo produzido.